Thursday, November 22, 2007

THE ELLYSIAN - SEMYNIAK (BALI)


The Ellysian.
Depois de viver com 2 horas de gerador de electricidade por dia decidimos o extremo, 24h num Design Hotel.
Quando vejo a piscina e as camas cobertas pareco uma miuda com um brinquedo novo... e o meu sorriso abre-se ainda mais quando uma voz suave me diz: `your Villa is ready, Joana`.
Escadas de pedra e uma porta para uma piscina privada de pedra com 2 camas e a sombra de uma arvore linda e estrategicamente bem colocada. Plantas e chao de madeira e um quarto enorme cheio de almofadas XPTO e na casa de banho uma orquidea que apanha os raios de sol do chuveiro de ceu aberto.
Ipod e colunas do proprio hotel. E roupoes brancos e tudo a que se tem direito e mil vezes melhor do que se imagina.
Assim termina a Indonesia... de tornozelos na minha piscina por 24 horas a ligar para a recepcao a pedir tudo o que me apetece.
Beijos Joana

Wednesday, November 21, 2007

IKA DEWI

Dear Joanna,
Greetings from The Elysian Boutique Villa Hotel.
We received your reservation through Design Hotel Website and it’s confirmed in a one double bedroom with private swimming pool.
We notice that you do not need pick up service and only need airport transfer upon check out.
Should you need any further assistance, please feel free to contact us.
Look forward to welcome you at The Elysian.
Kind regards,
Ika Dewi
http://www.theelysian.com/image-gallery/

Tuesday, November 20, 2007

DREAMLAND (BALI)


Dreamland, a terra de sonho e o paraiso. Nao desilude, fascina.
Uma falesia verde, Dreamland de cabanas de madeira, bamboo e colmo.
Um quarto sem janelas e cama de dossel com o som do mar que se torna ainda mais forte de noite. La em cima a meio da falesia.
Uma varanda partilhada com o rapaz de Sumatra e seis horas seguidas sem descer a praia porque a varanda e magica e tem uma vista sublime do por do sol e da lua quase cheia, quando o mar nao se distingue do ceu e so a espuma branca na areia nos localiza.
Milhares de sumos de manga e massagens e banhos em ondas de surfistas que chegam de manha a colina, logo cedo a decidir se e Dreamland que querem.
E aqui na Terra de Sonho nada acontece.
Cheguei a perguntar se haveria um nome Indonesio para este pedaco de terra junto ao mar... mas nao, e simplesmente Dreamland.
Bejios
Joana

Monday, November 19, 2007

SENARU-RINJANI (LOMBOK)


Ha dias em Ubud vi uma fotografia e meti na cabeca que queria la ir.
Um vulcao em Lombok na cratera de outro vulcao e com apenas 6 aninhos de idade. Dai estarmos em Senggigi.
Acordamos as 4h30 para ir para Senaru. A estrada contorna a ilha, montanhas e baias e montanhas e baias com areia negra e o rebentar das ondas branco.

Estamos os 3 mais 2 noruegueses de 20 anos... e foi uma subida que nem e descritivil. Ao fim de 10 minutos na floresta tropical parece que sai do mar vestida. Vejo uma sanguesuga no sapato do Charlie e esforco-me imenso para nao imagina-las nas minhas pernas.
Comecamos todos a pensar na praia... mas agora nao ha retorno.
Horas a fio sempre a subir, o dia todo... e chegamos quase ao topo, onde vamos acampar.
Ve-se a orla da ilha e Senaru... muito, muito ao longe.
E mais uma hora para a berma da cratera para ver o vulcao da fotografia.
Trepo aquilo quase a correr como uma criancola feliz por encontrar o que quer e a vista e deslumbrante.
Um lago preenche a cratera grande e la no meio esta um vulcao que se espalha em lava lago a dentro. Fico mesmo feliz ali em cima.

O dia a seguir... descer aquilo tudo deixou-nos quase sem conseguir andar. Depois problemas com um mafiosola de oculos escuros no meio da testa e o relogio que ele usa como uma pulseira porque nao funciona, o gajo que nos ia por em Bali ainda nesse dia. Mas ganhamos... e chegamos a Kuta-Bali as 3am.

Kuta e a evitar e por isso vamos para Dreamland mal o Cesar acorde.
Beijos
Joana

Friday, November 16, 2007

SENGGIGI (LOMBOK)


Senggigi, em frente a praia, ipod e colunas e mar quente e calor e a melhor casa de banho de sempre. Enorme!
E toda a gente quer vender DVDs... na praia deserta... algo estranho... em vez de nos chatearmos falamos com todos eles... e um dia depois os `portugese` sao conhecidos!
O Cesar joga futebol com tres miudos e coca-colas para todos. E quem nos quer vender mais DVDs e convidado a uma cadeira e uma sprite... e montes de sprites e coca colas e toda a gente feliz.
O guarda chuva da Pucca ficou para o Adi.
Tenho um dragao enorme nas costas que nao consigo ver... mas que e lindo de certeza! Foi o David que fez.
E coca colas e sprites.
E o Ryan que nao consegue falar comigo porque comeca a rir-se imenso e a certa altura nem eu consigo dizer-lhe nada porque nos rimos todos.
E nada de especial... apenas dias em Lombok... a aguardar um trekking a montanha.
E claro...o som imenso das osgas falantes da Indonesia.
Beijos
Joana

Thursday, November 15, 2007

UBUD (BALI) - SENGGIGI (LOMBOK)


Dia de festa, festa do templo de Campuan.
O Nyoman empresta-me as suas roupas de mulher e veste-me da cabeca aos pes para tal evento religioso.
Abotoa-me os colchetes de uma camisa rendada vermelha e eu mal respiro. Depois um sarong de cerimonia que da tres voltas as minhas pernas e me faz andar como uma gueisha. E estou pronta!
Os dois rapazes improvisam uns sarongs e la vamos felizes e a rigor para o desfile.
Gamelon, a musica dos xilofones e das tacinhas, familias inteiras, altares e uns bichos enormes com dois homens por baixo que lhe dao vida e que so podem morrer de calor. Uma parada religiosa a Shiva de Campuan!

Varanda, piscina, mercado, spa, piscina, varanda, mercado, varanda, piscina, restaurantes com charme em almofadas sobre caninhas de bamboo, flores de lotus no lago do templo, o homem que toma conta do templo, da segunda casta hindu de Bali, as suas historias...

A guerra contra o reino das baratas gigantes que comecamos a ganhar logo no segundo dia. As pequenas osgas que fazem `gecko` e parecem crocodilos aos gritos.

Um ultimo `selamat pagi zuana` de Nyoman e Ferry para Lombok no arquipelago de Nusa Penida. Em cada minuto naquele barco admiro o meu Pai marinheiro de alto mar.
Estrategicamente bem colocados em frente a chamine quando ela resolve cuspir umas coisas pretas... e chegamos a Lombok como que saidos de uma mina.

Volto ao islamismo... nao tao desorganizado como Java... nem nada que se pareca... mas alguma coisa... Montanhas e palmeiras, muitas palmeiras e a costa e o mar em frente, ceu vermelho de nuvens negras e o barulho do mar e dos `geckos`.
Mergulhamos no mar ao fim da tarde, os tres, o ceu esta vermelho e cor de rosa com nuvens negras, lindo e quente, e ai ficamos ate anoitecer.
Bejios
Joana

Tuesday, November 13, 2007

UBUD, PUNJUNG, PENELOKN, BATUR, BESAKIH, BANGLI (BALI)


Besakih e um templo cheio de vida, dedicado a shiva. Parece um pagode chines, nao fossem as sombrinhas coloridas representativas da triade shiva-vishnu-brahma por todo o lado. Gente que reza, hindus chiques, mulheres de trajes tradicionais e oculos escuros chanel com alguem que lhes afasta o sol com um guarda chuva. Um templo que vive e onde se vive. Mesmo por tras esta um barraco onde homens agarrados aos seus galos esperam o momento da luta. Ilegal mas aos olhos de todos naquele beco por tras de Pura Besakih.

Ubud perto de tudo, Punjug, Penelokn, Batur, Besakih, Bangli.

A tatuagem que o Cesar fez e que se borratou toda passados segundos e cuja mancha negra agora presente me faz rir todos os dias.

Ubud de manha cedo e as mulheres que benzem tudo, as oferendas a cada 10 metros de rua que e importante nao calcar.

A varanda e o cheiro as flores Ilan-Ilan e o templo ou hotel ou templo dentro do hotel. Nao ha altares, ha templos em cada hotel e em cada casa e em cada esquina. A piscina cheia de estatuetas que a noite nos assutam. A agua e quente e nao fazemos barulho.

Milano, uma especie de spa, massagens com oleos de sandalo e jasmim, especiarias no meu corpo mais tarde coberto de yogurt. Uma banheira cheia de fllores numa quarto de paredes de bamboo e pedra de lava com lampioes vermelhos. Eu, uma princesa.

Beijos
Joana

Monday, November 12, 2007

YOGYAKARTA-JAKARTA (JAVA) - UBUD (BALI)


Dias atras Jakira deixa-me no aeroporto encharcada com mais um diluvio de Java... eu deixo-lhe o meu canivete com o qual viagei nos ultimos 9 anos, para a pescaria digo-lhe. E apanho o meu voo de 18 euros para Jakarta. Ai comeca a confusao capitalesca de um aeroporto internacional. Nao me querem dizer onde esta o autocarro do aeroporto para o outro terminal porque me querem levar de taxi (sao 2 minutos...). Encontro o Cesar e partimos para a cidade mais feia do Mundo para passar uma unica noite dado nao haverem mais voos nesse dia. Sou comida viva pela mosquitada e no dia seguinte voamos para Denpassar e vamos directos a Ubud.

Bali e Hindu, mais limpo, mais organizado, mais bonito aos olhos, mais bem cheiroso e mais harmonioso.
Mais turistico, milhares de vezes mais com os precos a aumentar 5 a 10 vezes mais.
Fica para tras o caos alegre de Java e os canticos das Mesquitas que me diziam as horas dia e noite.

Apesar de tudo as pessoas ainda usam os trajes tradicionais e nao so os velhos mas tambem os meninos e as meninas. Destoam as mochilas modernas e os telemoveis.
Ha um campo de futebol enorme cheio de meninas com equipamentos cor de rosa que da uma certa aragem ao centro de Ubud.
Tudo em Bali parece um templo e assim e o nosso hotel de bungalows, meio templo, meio hotel com uma piscina abencoada por uma enorme deusa de pedra.
Conseguimos fazer tanto barulho os tres que todos desaparecem e fica sempre a piscina so para nos.

Arredores de Ubud sao horas de campos de arroz. Verdes, amarelos ou repletos de agua, e calor e sol e a chuva nao vem por mais de uma hora por dia. Vulcoes por ai. Campos e campos e templos e templos.
Partimos um dia para dar uma volta que acabou por demorar 5 horas... em trilhos todos iguais de campos arroz nao ha vivalma que nos indique o caminho. Um chapeu em bico ao longe e grito `Ubud?`...para tras..

Java e Bali sao opostos. Eu diria paises diferentes, povos diferentes.
O que duas religioes nao fazem.
Beijos
Joana

Wednesday, November 07, 2007

YOGYA, O ULTIMO DIA (JAVA)


E e capaz de fazer uma semana que estou em Yogyakarta. Quem diria que nao me mexo.
O meu rumo muda a cada intante e a cada passo. La aparece sempre alguem da galeria do Ari que me desvia. Mas ainda assim consegui ir ao Mercado dos Passaros. E um mercado minusculo e apinhado de tudo onde se vendem animais de estimacao... passaros principalmente. Nao ha ninguem em Yogya que nao tenha um passaro em casa... no meu hotel ha um papagaio que mia como um gato e em casa do Titkra ha um mocho branco enorme com olhos negros ainda maiores e com um guarda chuva cor de rosa amarrado a arvore para o bichano de abrigar... mas que ele proprio ja o destrui quase totalmente.
E voltando ao mercado, la entro eu toda contente para mais um estimulo a minha felicidade e para alem dos passaros estao coelhos, gatos, caes, iguanas e cobras e sei la o que mais... todos comem bananas. E cada barraquinha la vende seu bicharoco e passaros, claro.
Encontro o Ari que vem comprar comida para o seu passarinho... uma especie de insecto entre o escaravelho e a barata, pequeno e horrososo, que vendem em pequena gaiolitas... certamente teem um nome normal que nao sei (embora pareca nao sou perita em animalada... nao sou). Mais tarde la vi o passarito a comer o seu `biscoito` que o Ari tirou com as proprias maos do cestinho cheio deles... Enfim...
La vou eu feliz mercado fora ate que os vejo! Ai sim, fico impressionada... gaiolas de morcegos gigantescos, tipo tamanho de gatos e nao de ratinhos, pendurados de cabeca para baixo e cobertos com as sua asas que devem dar 2 voltas ao corpo. Entretanto comem bananas!... como todos os outros e babam-se todos... e dado estarem de pernas para o ar cai-lhes molho de banana para os olhos... algo bastante estranho. Sao os unicos que sao para comer... bons para os asmaticos... E ao lembrar-me do ataque que sofri naquela gruta o Laos... arrepio-me.
E chega-me uma nostalgia de partir... uma vontade de ficar por aqui... passear de mota pelos campos com Jakira e o Ari que tomam conta de mim... a comida que finalmente com eles consegui comer... toda a gente que se junta diaramente na galeria em Gang I, a ruela das ratazanas cheias de medo e o cheiro a incenso dos cigarros deles... o medico que vem amanha de proposito de uma aldeia por ai para me fazer acunpressao, um homem velho e muito educado, quase destoa ali no degrau da galeria, um homem que vem de proposito para me tratar...
E a minha roupa que ficou toda cor de rosa depois da lavandaria.
E hospitalidade como aqui julgo que nunca encontrei na Asia. O Jakira, o indio, diz-me hoje: tomorrow I bring you airport, no money. E assim partirei para Jakarta, a cidade de onde todos os turistas fogem e da qual eu fugirei rapidamente depois de ir buscar o Cesar.
Em qualquer sitio do Mundo, so nos sentimos em casa depois de dias a fio... viajar sem parar para conhecer tudo o que e suposto por vezes nao e a melhor opcao... ha coisas que nos vao passar ao lado... aqui sou a Zuana que toda a gente conhece e sabe o meu nome e onde me encontar, a galeria do Ari em Gang I.
De Java, so conheco os arredores de Yogya.
Beijos
Joana

Tuesday, November 06, 2007

DEKSO (JAVA)


Ja nem sei bem onde fiquei... os dias sao grandes e nos instantes em que tudo parece banal tudo se transforma.
Estou a passear-me pelo centro onde tantos dias depois em Yogya ainda nao tinha ido e ouco, `Zuana`... era o Ari e estou atrasada para a pesca.
Passamos em casa da mae dele onde tenho que engolir umas coisas duvidosas e segurar num dos muitos sobrinhos que berra incessantemente.
O cunhado empresta-me uma capa toda rota e pouco depois ele e o Indio preparam as canas de pesca e as minhocas nojentas... aviso logo que nao vou pendurar nenhuma no meu anzol.
Chuvada fora de mota e campos de arroz a perder de vista, provavelmente dos sitios mais bonitos que ja vi... pagam-me tudo... almoco, agua, cha, o que for... nao e normal este tipo de hospitalidade na Asia.
E cheia de pena de nao poder parar porque chove, continuamos e entramos na selva tropical.
Depois de muitas coisas que nao da para tudo sao 5h30 e chegamos ao rio.
Uma paisagem linda e nao esta escuro demais. Tres canas de pesca, tres capas de chuva, dois de capacete e eu de guarda chuva amarelo Made in South Corea... gozam-me ate eu ter que o fechar e pegar no meu capacete. A minhoca a entar anzol a dentro arrepia-me um bocado, mas eles fazem-no em segundos. A espera sem esperar... enquanto neste fim do mundo se ouvem milhares de animais que cantam e que se tentam sobrepor a vida do riacho e mesmo aqui se ouve ao longe uma mesquita. Pirilampos, imensos pirilampos.
O Indio grita e ri-se como um louco... ate agora so o Ari tinha pescado 3 peixes-gato cheios de picos a sairem-lhes pela cabeca. Eu corro para ver melhor o que se passa e a enorme enguia quase me acerta em pleno voo para terra.
Ele esta feliz como uma crianca e ri-se tanto que me contagia.
Eu so consegui pescar 2 caranguejos que nao servem para nada... so para comer o verme nojento... o que chateia um bocado o Ari... mas eu nao tenho culpa... estou tao sossegadinha quanto eles!
Dois rios depois, paramos para comer numa aldeia numas esteiras na berma da estrada... eu nunca tenho sequer opcao no que vou comer... e quando chegamos por volta da meia noite ficamos como habitualmente na conversa na ruela Gang I.
Ai comeca o meu receio... o Indio abre os peixes ainda vivos e esquarteja a enorme enguia ali mesmo no chao. Fujo para dentro quando ele chega com os pedacos a sorrir para mim e a dizer-me que sou a especial convidada de tal iguaria.
A cozinha... ate passo a frente tal descricao...
E ja nao ha cerimonias... esta nao e uma casa de familia... posso e afirmo que nao quero comer a enguia.
Como a enguia e um peixe gato e nao tenho outro remedio.
Beijos
Joana

Sunday, November 04, 2007

BROMO-PROBOLINGO-YOGYA (JAVA)


Volto a Yogyakarta, todos dizem que sou louca em voltar para tras... eu propria comeco a achar que algo esta errado tambem... e chego a Probolingo, uma estacao no meio da rua com um cego e um corcunda que prometem uma ida ainda nesse dia para Yogya.
Sao 10 horas de viajem e os campos de arroz sao uma miragem que surge poucas vezes no meio das terras que tomam a estrada como delas, com lojas que vendem todas o mesmo com alguem semi-aborrecido sentado do lado de fora e que nao se importa com os carros que ultrapassam pelas bermas.
Um caos esta ilha de Java, cruzamentos com 2 e 3 sinaleiros que nao se entendem, motas com muculmanas sentadas com as pernas de um so lado e cheias de criancas... nunca respeitadas pelos camioes.
O ar condicionado que avaria e a janela que tenho que abrir para respirar tubos de escape durante horas... e e ai que um campo de arroz me acorda e me obriga a inspirar para novamente entrar caos a dentro.
Um ciclista cheio de baloes de BD Sul Coreana nem ve por onde anda. E um tolo de capacete vai sentado por cima da cabine de um camiao.
Os estimulos visuais sao tantos que me doem os olhos.
Cemiterios na berma das estradas e mesquitas ao lado de bombas de gasolina.
De repente o diluvio e ja nao vou na carrinha mas num submarino.
Suplico ao IPOD que dure mais um bocadinho... e durmo ate Yogya onde chego ja de noite.
E quando estava cheia de nostalgia e sem rumo, alguem chama pelo meu nome e sinto-me em casa!
Acordo a pensar que sao 10am, tomo o pequeno almoco e estranho ver alguem a beber cerveja tao cedo... O tempo hoje esta pior que nunca para fotografias... as mesquitas comecam as lengalenas que deveriam ser as 5pm... e pergunto as horas e sao 5H30pm...
Dormi horas a fio e continuo de sonos trocados.
Em gang 1, a ruela perto do meu hotel, conheco o rapaz que fez o Batik que comprei noutro sitio bem longe, estranha coincidencia que nos faz ficar sentados na berma a falar e a beber um vinho com um rotulo de um velho barbudo com uma senhora asiatica e um veado.
Comemos coisas que nunca saberei dizer o nome mas bem melhores que o que tenho comido por ai.
Passa um rato enorme com mais medo de mim que eu dele e o Ari pega num escaravelho pre-historico das minhas calcas porque tem medo que eu mate o bichinho...
Sem rumo em Java. Sao 3am e eu sem sono.
Beijos
Joana

Saturday, November 03, 2007

BROMO (JAVA)


Bromo, um tal de vulcao a este de Java. E la vou eu ver o tal de vucao tao especial.
Horas a fio de viagem numa carrinha onde durmo e acordo e durmo e acordo ate Probulingo. Dai ate outro sitio qualquer onde me dizem que tenho que acordar as
3h30. Tenho um bangalow lindo com uma cama no meio do quarto e uma varanda para as montanhas.
Um pneu fura a caminho do nascer do sol. E e noite cerrada. Nao tenho a lanterna... tenho o meu guarda chuva piroso que a esta hora nao serve para nada.
O nascer do sol... com mais dezenas de turistas indonesios e dos nossos e 300 cliks de maquinas digitais a tirar fotos todas iguais de uns vulcoes cheios de nuvens... e encontro um fotogrfo indonesio com uma d200 que me da uma ajuda com o meu brinquedo novo... e nao e nada de especial este nascer do sol.
Jeep de 1690 ate a base das montanhas, lava a dentro e pes na lava cinzenta.
E ai sim! Uma caminhada vulcao acima e a lava ajuda a cravar as botas e no fim
uns degraus!!! Bromo no seu melhor...! rodeio a cratera ate ficar sozinha.
Ouve-se um VRUMMMMM de vez em quando e uma nuvem que aumenta e que faz medo.
Um vulcao vivo a poucos metros de mim. E ali me sento e fico.
E e isto Bromo, um volcao que fala. Uma terra no meio das montanhas onde vestem lencos que cobre um braco e contrasta uma mulher que chega numa mota de camisa de noite em pleno dia.
Gente de tez escura e de gorro apesar do calor que sente a partir das 5am.
Como qualquer menina de cidade, decido nao ficar depois de uma banho com varios familiares da minhoca.
Estou eu feliz por um banho de agua quente, cheia de champoo na cabeca e feliz por ter agua quente para lavar o cabelo, quando uma minhoca enorme levanta a cabecinha na parede... Quase sai a correr no meio do tal hotel tao bonitinho... Para alem dela havia umas familiares peludas a quem tive que dizer ola e sair do banho o mais rapido possivel.
Bromo, Bromo, montanhas bonitas, mas demasiada bicharada.
Volto a Probolinko ainda meia a tremer. E la se vai outro dia rodeada de vulcoes, expulsa por uns meros vermes no banho.
Beijos
Joana

Friday, November 02, 2007

YOGYAKARTA (JAVA)


Bandung, Bandung...
sai de la eram 6am.
Na estacao a linha era a numero 1 e ate la atravassam-se todas as outras a pe, nao ha tuneis ou escadas... e quando ha comboios... atravessam-se os comboios... e o meu comboio para fora de Bandung...
7h de campos de arroz tao verdes quanto nao e possivel imaginar, selvas e campos de arroz...
E chego a YogYakarta... estourada e meia perdida... mas encontro um bairro de 4 ou 5 ruelas com um bom hotel, um restaurante aberto onde todos se encontram... epoca baixa para variar... um bairro onde me sinto mesmo bem...
Fotografias sao dificeis com o ceu sempre enevoado... e uma maquina nova cheia de botoes...
Mas antes de entrar no centro de Yogya vou a Borobudur, o maior templo budista, meio pequeno apos Angkor no Cambodja, mas todos sao pequenos depois de Angkor e ando por ai com 2 australianos que vao durante um ano de Sidney a Londres de mota.
De Borobudur vamos para Prambanam, o grande templo Hindu, e entre templos o tempo passa devagar desde as 5am ate agora.
E nao me apetece viajar e sair de Yogya, ate porque tenho que ir buscar o Cesar ao outro extremo da ilha, dado que amanha vou para Bromo (a este de Java)... E voltarei tudo para tras com a alegria de ir buscar alguem que me e querido ao aeroporto!

Java e uma mistura infindavel da Asia, entre indianos, chineses, muculmanos, sudeste asiaticos e qualquer coisa mais, uma mistura que nao se mistura...
Mulheres cobertas e raparigas de saia, olhos asiaticos mas de pele castanha, chapeus vietnamitas e vestidos chineses. O caos habitual mas pacifico de certa forma... e as lengalengas das mesquitas as 3h30 am... que arruinam qualquer tentativa de melhorar os meus horarios. Durmo 4 a 6h por dia e estranhamente nao estou cansada.
Sei que vou para Bromo mas nao sei mais nada, a nao ser jakarta dia qualquer coisa na proxima semana.
Nao sei que dia e, nem que horas sao.

Um fenomeno da natureza atacou-me ontem por engano...
No templo Hindu de Prambanam, eu e os dois rapazes andavamos de volta de Vishnu e Shiva quando o ceu escureceu de repente... o verde dos campos manteve-se brilhante...
De repente um javanes corre na nossa direccao e aponta para tras... eu olho e nao vejo nada durante segundos... ate que uma tromba de agua caminha na nossa direccao como uma avalanche de neve dos filmes de domingo...
e corremos com ele... e ela chega, a chuva a jorros... e corremos a rir, o que nos faz correr mais devagar... em segundos os meus pes estao submersos ate aos tornozelos... e continuamos a correr ate encontramos um abrigo durante horas a fio...
No meu bairro encontro Robi, o miudo meu anjo da guarda que consegue levar-me a uma loja onde se vende o unico guarda chuva das redondezas.... amarelo e da Pucca, cheio de rendas... mas lindo!
A agua nos pes nao e fria, e quente, e o ambiente e quente, e toda a gente se ri deste fenomeno chamado chuva... que doi quando nos bate, mas que faz rir.
Nao sao os templos, mas alguma coisa me faz muito feliz... Ha uma aurea na Asia que nos transforma.

Como um amigo do meu irmao disse no seu dia de anos, viajar um mes, e viver um ano, e cheguei ha dias e parece uma fabulosa eternidade.
Um beijo
Joana