Friday, May 25, 2007

INTRODUÇÃO 2

Nova viagem, começa obviamente em Cuba de tràs para a frente.
Viagem.
Beijos Joana

Saturday, May 05, 2007

HAVANA


Dia 5 de Maio e último dia de esplendor em Havana.
Acordo às 8hoo porque dormi demais. Deixo parte das minhas coisas com Yonaisis e Laura e levo outras para deixar por aí. É a primeira vez que a minha mochila regressa mais leve.
Saio rua fora feliz, porque estou feliz.
Em direcção à piscina do Hotel Sevilla perco-me em Habana Centro. E perco-me horas a fio com miúdos que jogam baseball. Não podem ver as fotografias mas espreitam e põem os dedos na objectiva quando percebem o seu reflexo.
E será verdade que este pintor catalão de 87 anos conheceu E. Hemingway, atravessou o Atlântico com P. Neruda e viveu com Che? Discípulo de P. Picasso, conta-me que jogou xadrez com Trotsky em casa de Frida Kahlo e de Diego Rivera... Eu de olhos arregalados sentada num banquinho de madeira.
Derreto de calor, quando encontro um bar de seis mesas sem tecto. E é aqui que encontro um fotógrafo cubano, verdadeiramente entendido. É ele que me tira as únicas fotografias que tenho de mim própria, aparte de reflexos em espelhos. Ali mesmo, naquela rua estreita em frente ao bar e com o meu melhor sorriso!
Passo na rua São Rafael e obviamente tiro uma fotografia à placa, em homenagem ao meu sobrinho querido.
Esquivo-me de mais dois ou três jogos de rua e chego ao Prado, rua grande com um jardim no meio... ainda com ideias de ir à piscina do Hotel Sevilla. Como em todos os jardins do Mundo, gente que se senta nos bancos... mas aqui há música cubana, da antiga, uma espécie de salsa a 10%... E timidamente convido um senhor que podia ser meu avô para dançar. Com todo o respeito pega na minha mão e os passos e as voltas são bem mais suaves. Eu estava de bem com a Vida e ele muito concentrado. Quatro ou cinco músicas passaram até à nossa sincera e nostálgica despedida.
Mais adiante o radiante Hotel Sevilla... mas já não tenho dinheiro para esta piscina. Horas de conversas de rua depois, hotel Deauville, frente ao Malecón. São 4 p.m. e o tempo passa devagar ou demasiado depressa. Entro nesse hotel de cubanos e mergulho na piscina do último andar. Havana é linda aqui do alto.
Mas o fim da tarde empurra-me para uma derradeira despedida no Malecón, com aquela imagem que todos conhecemos de Cuba.
E mais baseball, e mais miúdos e Liens e Juan que me pedem uma fotografia. Sorriem agarrados para mim. São as minhas duas últimas fotografias desta viagem.
Depois disso atravessei o Malecón até casa, hotéis da máfia de outros tempos para trás e eu livre da Nikon F90 até ao fim.

Thursday, May 03, 2007

CALOR E NOITADAS...FÉRIAS


Eu tenho alguma impressao de que este e o Pais mais quente do mundo...
Fotografias!!! A digital morreu, a nikon embacia, um fenomeno bastante estranho. Quase sempre me esqueci de alterar o ISO e no meio de uma manifestacao onde poderia ter tirado as melhores fotos... fiquei sem pilhas. Para alem de que aqui esta mesmo muito calor... dai eu aqui na internet mais lenta e mais cara do planeta a mandar emails porque tem ar condicionado.
O protector 50 acabou e claro que nao ha a venda, logo so posso ir a praia ao fim da tarde.
As noites sao fixes, quentes mas daquele quente que todos gostamos. Sao muito bizarras tambem. Tenho que admitir que eu o Bart e o Adriano temos ido a uns sitios imensamente bizarros. Ontem eram 4 da manha, estava o Adriano sentado ao pe de uma Drag Queen peruana, porque so havia essa cadeira, o Bart a tentar fazer-se entender a fauna que rondava o Piano Bar e eu a dancar salsa sem musica... salsa e muito dificil, mas la ando perto!
Vou pousar a maquina que me pesa toneladas, procurar os rapazes e pirar-me para a praia.
Beijos

Wednesday, May 02, 2007

TRINIDAD DE CUBA


Trinidad e uma pequena terra com duas pracas e meia de duzia de ruas.
Pintada de clores claras e indescritivelmente quente.
So passam destes carros lindos que nao existem em mais lado nenhum do planeta, motoretas com side car. Miudas cheias de carrapitos. Elas de todas as cores, os carrapitos tambem.
Ha uma velha em frente da porta da minha casa sentada numa cadeira de baloico... todos os dias. Uma rapariga que caminha com a vida no corpo e mil piropos de 4 ou 5 rapazes. Gente que anda muito, muito devagar.
Ha um salao de beleza que parou a sua decoracao nos anos 70 e que me deslumbra.
Ainda ficaram por ai os cartazes do primeiro de maio, cartazes de Che e Fidel e dizeres socialistas.
A pacatez foi descrita aqui em Trinidad.
Fim da tarde volto a casa, todos os dias a mesma hora. Numero 270 e a minha porta, paro sempre na mesma esquina para uma conversa com a vizinha e depois estendo-me no patio a conversa com Giraldo. Criam-se rituais e aprendo a viver devagar.
Vou sentir falta do rapaz que me chama Mango, de Yonaisis e Niosday, de Sirinaia, Yoeslandi, Uqueldes e Yadira e de tantos mais. Vou sentir falta da sensualidade permanente que se vive na rua.
Volto amanha para Havana.
Beijos
Joana