Wednesday, May 02, 2007

TRINIDAD DE CUBA


Trinidad e uma pequena terra com duas pracas e meia de duzia de ruas.
Pintada de clores claras e indescritivelmente quente.
So passam destes carros lindos que nao existem em mais lado nenhum do planeta, motoretas com side car. Miudas cheias de carrapitos. Elas de todas as cores, os carrapitos tambem.
Ha uma velha em frente da porta da minha casa sentada numa cadeira de baloico... todos os dias. Uma rapariga que caminha com a vida no corpo e mil piropos de 4 ou 5 rapazes. Gente que anda muito, muito devagar.
Ha um salao de beleza que parou a sua decoracao nos anos 70 e que me deslumbra.
Ainda ficaram por ai os cartazes do primeiro de maio, cartazes de Che e Fidel e dizeres socialistas.
A pacatez foi descrita aqui em Trinidad.
Fim da tarde volto a casa, todos os dias a mesma hora. Numero 270 e a minha porta, paro sempre na mesma esquina para uma conversa com a vizinha e depois estendo-me no patio a conversa com Giraldo. Criam-se rituais e aprendo a viver devagar.
Vou sentir falta do rapaz que me chama Mango, de Yonaisis e Niosday, de Sirinaia, Yoeslandi, Uqueldes e Yadira e de tantos mais. Vou sentir falta da sensualidade permanente que se vive na rua.
Volto amanha para Havana.
Beijos
Joana

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