Thursday, December 25, 2008

Pondicherry


Chego a uma casa colonial francesa e pergunto se têm quartos. A rapariga diz-me o preço quase como quem diz que eu não vou ter dinheiro para pagar... acabada de chegar dos autocarros devo parecer algo muito estranho.

O sítio é um sonho, um jardim com esculturas monstruosas e quartos mobilados com móveis de madeira antigos, com camas enormes protegidas por mosquiteiros, quadros de Krishna e Lakshmi e Saraswati e mais e mais, todos sépia, como se de há muito tempo. Um sofá e uma pequena varanda interior.
Quase não sairia daí... não fosse Pondicherry um canto colonial na Índia.

Bem o merecia agora... ruas de pedra, casas bonitas, mais limpo, mais arejado, menos carros, menos buzinas, restaurantes pela sua verdadeira definição... um luxo asiático o contexto.

De Pondicherry há a "grande promenade" uma espécie de "malecon" de havana onde se passeia e namora ao fim da tarde mas deserta nas horas de grande calor.
A elefanta Lakshmi à porta do templo de Ganesh, com um olhar mais que meigo e as suas pulseiras nas patas da frente.
O hospital ayuvedico onde passo as manhãs em massagens repletas de óleos e banhos e sirodara e os maravilhosos macos quentes de ervas aromaticas. As meninas cantam... como se a voz delas se contagiasse pelos óleos.

Por fim, a "tertulia pondicheriana" e os seus 4 personagens: eu, os dois cavalheiros irlandeses e a flautista francesa, todos bem mais velhos do que eu. Juntamo-nos todas as tardes e pela noite dentro.

Difícil deixar Pondicherry...

0 Comments:

Post a Comment

<< Home