Rishikesh
Rishikesh… o Ganges nasce perto, nos Himalaias. Tem corr
ente e é azul como os rios devem ser. Emana religião, esperança e devoção.
“yoga”…“ayurveda”…”asrham”… perco a conta dos japa malas que a cada dia ganham domínio sobre a minha roupa.
Montanhas verdes que em noite de lua cheia fazem lembrar a silhueta de Shiva… que acorda de noite e nos fala em forma de vento.
Cerimonias hindus em grandes templos, em pequenos templos, de muita gente ou de só uma pessoa.
E as pontes. Duas pontes pedonais e de motociclistas que não sabem o que quer dizer pedonais. De dez em dez metros um pedinte. O pedinte, ou é uma velha senhora encolhida de mão estendida, ou um deficiente com os seus apetrechos improvisados para se mover.
Vêem famílias inteiras sabe-se lá de onde e obviamente querem tirar fotografias na ponte. E macacos, famílias inteiras também.
Aprendo histórias e mais histórias de deuses hindus. Junto-lhes a minha imaginação e torno-as mais bonitas ainda.
As mulheres ainda não se deixaram convencer por roupas ocidentais. Só um tolo as acharia mais bonitas que os saris e os punjabis.
Faço as pazes com as vacas quando uma pequenita de olhos de panda se aproxima. Não tem cornos ainda…
No último dia reparo num letreiro “Sivananda home for dying destitutes, tb, aids, leprosy, orphan, destitute women, etc.”. Passei ali todos os dias, por essa casa de amarela de muro amarelo e igual a todas as casas amarelas.
Escolhemos os nossos recantos em Rishikesh, os que dão para o rio.
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