Delhi, a India e o fim
Delhi ou The Park New Delhi…
Cor de rosa e azul com cortinas de pedrinhas transparentes.
Cadeiras de baloiço protegidas por lenços brancos em recantos de madeira e chafarizes de agua quente que saem do chão.
Uma enorme bola de cristal na piscina, daquelas de discoteca de anos 70. Gira e os espelhinhos brilham.
Não se pode sair ou pode.
Depara-se com a fealdade Delhiana. Misto de poluição e sujidade numa cidade sobrelotada, sem cor, com a pobreza a cada esquina, os vendem tudo, lojas minúsculas onde para alem dos artigos só cabe o vendedor e mal se encaixa um eventual comprador, ou deficientes que se arrastam nos semáforos de um transito caótico.
Não há saris coloridos, nem música de citaras.
Não há barbeiros de rua, nem vacas deambulantes.
E de sorrisos… só o dos Sikhs quando nos dizem o preço do rikshaw, com um ar malandro por entre a enorme barba toda enrolada para os lados.
E quanto as cores talvez me tenha enganado, estes homens com ar de Marajás, escondem o cabelo nunca cortado em lenços meticulosamente enrolados na cabeça… e estes são muitas vezes coloridos.
7.20, lençóis brancos macios e flores brancas suaves.
Toda a beleza da Índia, a que vemos e a que não vemos, a que sentimos e ouvimos, faz-nos voltar uma e outra vez, para vivermos magia. Como um bilhete para outro mundo tão repleto de devotos que nos torna devotos, tão repleto de sorrisos tão puros que nos faz sorrir, tão repleto de tudo (e tudo com letra grande) que nos ensina. E assim queremos voltar uma e outra vez.
A terra de Shiva e Parvati.
Um bom Natal para todos.
Joana e César
0 Comments:
Post a Comment
<< Home